3 irmãos de bicicleta no caminho de Santiago

domingo, 26 de abril de 2009

DIA 12

Vega de Valcence - O Cebreiro

Tempo de pedal: 4h 20
Tempo total: 7h 30
Distância do dia: 50 km
Velocidade média: 11,6 km/h
Velocidade máxima: 67,6 km/h

Acordei bem disposto para o que será provavelmente o último grande desafio do caminho. O Cebreiro nao é o ponto mais alto que passamos, mas é o que sobe de forma mais íngreme e já nos pega bastante cansados. Por isso é um ponto emblemático no caminho.
Iniciamos a escalada e após alguns km de subida ainda nao muito íngreme notamos que havíamos perdido uma uma saída e que talvez estivessemos no trajeto errado. Ficamos alguns minutos na estrada parados...retornar significaria desperdiçar o energia já investida na subida. De qualquer forma nao tínhamos certeza. Esperamos até que um carro que cruzava a estrada nos informou que estávamos corretos. Havia outra estrada, mas segundo ele nao era adequada para bicicletas. Confirmamos a informaçao no vilarejo adiante.
Subimos, subimos e subimos...
A estrada que pegamos era mais longa e por isso menos íngreme. Rodamos 20 km até o Cebreiro, quando deveríamos ter chegado lá em apenas 8km.
Ótimo, vencemos uma etapa inportante. Hora para comemorarmos...Nada disso!
Eduardo nao estava feliz. Ficou para ele o sentimento que algo nao havia sido realizado da forma correta. Como se ele tivesse "enganado" o caminho, buscando a rota mais fácil (que nao era nada fácil!).
Eduardo encara o caminho como um reflexo da vida (ou vice-versa). Erros recorrentes!
Almoçamos no Cebreiro (a mais bela vila em que passamos até entao). Após o almoço a decisao, que na verdade já esperava desde meiados da subida. Ele iria subir novamente agora pelo caminho correto. Como ele disse na Cruz de Ferro, estamos aqui juntos, mas por razoes diferentes (ele é talvez o único peregrino real), mas como minha razao foi estar com meus irmaos...decidi acompanhá-lo (Rafael ficaria no Hotel). Entendo suas razoes, embora nao as compartilhe.
Deixamos as bagagens no Hotel. Deixamos a também a razao. Deixamos os freios na descida e acho que deixei meus joelhos em algum lugar...
Subimos a rota dura. Certamente mais difícil, porém mais bela. Valeu para Dudu, valeu também para mim. Chegamos cansados e com frio, mas felizes e realizados.
Este foi o dia em que subimos o Cebreiro duas vezes.

Frase do Dia:
Lenda Local - O Boneco para o Peregrino em dia de tempestade (tom fantasmagórico): Buueen Caminooo!
Neo para Dudu, quando ele resolveu subir pela segunda vez o Cebreiro (em tom de "vai procurar um psicólogo"): Buueen Caminooo!
Meu joelho para mim, quando eu decidi acompanhar Dudu - achando que ele poderia ficar no hotel esperando: Buueen Caminooo!

3 comentários:

  1. Rafinha saudade da sua terapia? HHAHAHAHA. Pq da minha pessoa é certo! AHAHAHAAH. Brincadeirinha!

    Força na peruca e claro no joelho!

    Beijos.

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  2. SHOOOOOOOOOOOOOOOOOOWW !!!!

    A cada dia fico mais motivada, e de uma certa forma enviando energia +++ pra vcs tb.
    Parabéns pela empreitada, pelo companheirismo...pelo desafio!

    Vários comentários que podemos compartilhar numa boa rodada de chopp :P

    Papai Ricardinho, suas mulheres com certeza estão muito orgulhosas de vc, né, Bia, né, Bruninha??? Sua amiguinha tb tá, viu?!

    ps: estão muito bem cotados com as mulheres, hein...só dá comentário de fêmea no pedaço...rsrsrsrs

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  3. tão passando perrengue??? hehehehe
    quem mandou acompanhar o patrão, agora aguenta!!!
    não to postando nada por que eu não gosto, mas to junto com vocês aí.
    que tudo de certo.
    Rafael. Não esquece do meu GIM

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